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Política

Campanha contra a primeira-dama de Goiânia, Iris de Araújo, esconde preconceito contra a mulher

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Nos últimos dias alguns jornais e blogs de Goiás têm insistido em questionar as ações voluntárias da Primeira-Dama de Goiânia, Iris Araújo. Segundo divulga-se, D. Iris, como é conhecida a esposa do Prefeito Iris Rezende, estaria tomando decisões políticas, o que, alegam, não seria de sua atribuição. Há quem diga que ela vem participando ativamente da administração municipal e que isso vem gerando uma crise na Prefeitura e no PMDB, partido do prefeito. É possível, no entanto, que essas críticas escondam algo de mais pernicioso, e D.Iris estaria sendo vítima do deplorável machismo que ainda insiste em ferir as mulheres brasileiras.

De perfil altruísta, sensível às demandas dos menos favorecidos, Iris de Araujo, duas vezes deputada federal, sempre encampou os trabalhos sociais na Capital, desde o primeiro mandato do marido, em 1969, ações que se estenderam pelo estado quando Iris foi governador. Casada há mais de 50 anos com Iris Rezende, a Primeira-Dama sempre procurou auxiliá-lo nas suas administrações, preferindo o contato direto com o povo ao ar condicionado dos gabinetes. E isso não tem sido diferente nesse início de governo em Goiânia. Sua disposição de ouvir os anseios do povo, de procurar ajudar e de cuidar para que essas demandas cheguem ao Prefeito são absolutamente normais e representam um digno trabalho voluntário de assessoramento, já que, de fato, é a pessoa mais próxima do prefeito.

A especialista em  questões de Imagem, Comunicação e Protocolo, Isabel Amaral, em palestra proferida na Escuela Internacional de Protocolo, em Madrid, Espanha, sobre o papel da primeira-dama nas administrações atuais, enfatiza que, a partir da segunda metade do século XX, a mulher do chefe de Estado, quando não seja uma rainha, vai crescentemente participando da vida pública do seu país. Segundo ela, isso tem a ver com as significativas mudanças ocorridas nas sociedades mundiais: a chamada emancipação da mulher, a sua entrada no mercado de trabalho, a sua crescente intervenção na vida política e a sua afirmação nos vários domínios da atividade social.

Para a especialista, a primeira-dama ocupa espaços em que o marido não chega, produz discursos e representa papéis que, melhor entendidos pelo fato de terem origem numa mulher, prolongam e consolidam o status, o poder e a popularidade do marido, contribuindo, assim, para o sucesso da administração e atendimentos dos anseios populares, principalmente nas áreas sociais.

 

 

 

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