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Política

Marconi Perillo deixa o governo e José Eliton assume. Situação fiscal do Estado é uma das piores do Brasil

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O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) renuncia hoje, 6, ao governo do Estado para disputar uma cadeira no Senado Federal. Em seu lugar, assume o vice-governador, José Eliton, pré-candidato ao governo nas eleições de outubro próximo. A situação fiscal do Estado é uma das piores do Brasil, estando à frente apenas de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e Roraima. Dificilmente José Eliton conseguirá fechar as contas de 2018 dentro do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nesses poucos mais de sete anos à frente do executivo estadual, Marconi Perillo colecionou recordes orçamentários negativos e um rombo de mais de R$ 1,5 bilhão na Conta Centralizadora, uma conta que ao final de 2016 reunia outras 130 contas de vários órgãos e fundos do Estado. Para suplantar o grave arranhão na sua imagem, Perillo gastou em sete anos mais de R$ 1 bilhão em propagandas e noticiários.

Dado a esse desequilíbrio na conta centralizadora, o governo de Marconi deixou de cumprir, desde 2014, os índices constitucionais de aplicação mínima na educação, saúde e cultura. Apenas na saúde, em 2016, o governo deixou de aplicar quase R$ 200 milhões em relação ao mínimo exigido pela Constituição Federal.

Marconi encerra como o governador que mais concedeu benefícios fiscais no Estado. A renúncia de receitas nos últimos 16 anos foi de mais de R$ 255 bilhões. Fato marcante dessa política foi o perdão fiscal de quase R$ 1 bilhão, concedido à JBS em 2014, empresa dos irmãos Friboi, presos pela PF por suspeita de corrupção.

A Celg-D, a maior estatal goiana, que em 2011 valia cerca de R$ 6,5 bilhões a preço de mercado, foi vendida por Marconi Perillo em 2016 por apenas R$ 800 milhões e acumulou um prejuízo para o Estado na ordem de aproximdamente R$ 10 bilhões.

Durante os governo de Marconi Perillo, a violência cresceu cerca de 200% entre 1999 e 2016. Em 1998, Goiás era o 18º mais violento do Brasil e em 2015 chegou a 5ª posição no ranking da violência do País. Igualmente, a dívida consolidada de Goiás subiu R$ 12 bilhões e hoje chega a R$ 19,5 bilhões.

A recuperação das contas públicas deve levar tempo e só será possível equacionar esse rombo se o próximo governo tiver determinação e coragem para tal. Caso contrário, Goiás caminha a passos largos para experimentar o mesmo caos financeiro instalado no Rio de Janeiro.

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