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Política

Reportagem apócrifa do Diário da Manhã causa indignação
nas redes sociais.

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Uma reportagem publicada hoje, 16/12, no Jornal Diário da Manhã, tem causado indignação nas redes sociais. Sob o título “Invasão de Escolas é Ação Política” a matéria, que não tem assinatura de jornalista e/ou outro profissional do veículo, estampa a foto de vários professores, mestres, ativistas políticos e até do advogado Bruno Pena, que tem se empenhado em garantir o direito do movimento, alegando que são eles os líderes do movimento de ocupação das escolas estaduais em Goiás.

O movimento, que é uma iniciativa dos estudantes secundaristas de Goiás, é um protesto contra a terceirização das escolas públicas estaduais, que em 2016 passarão a ser geridas por Organizações Sociais, como quer o Governo de Goiás.

Os citados na matéria mostraram-se indignados com a postura do Diário da Manhã e dizem que o jornal se distancia do jornalismo sério ao tentar criminalizar um movimento absolutamente legítimo e que luta contra a privatização das escolas públicas em Goiás.  O Professor Antônio Gonçalves Rocha Júnior, um dos citados na matéria, não poupou críticas ao jornal: “tenta taxar os estudantes como “massa de manobra” de elementos de esquerda que usam táticas de guerrilha. Mas não podemos estranhar a posição desse jornal, que vive com verbas do governo de estado e não passa de um típico jornal vendido aos interesses mais sujos”.

Já Caius César de Castro Brandão, Mestre em Filosofia, citado como atuante em movimento de esquerda anti-marconi, postou na sua página no facebook um print de um suposto ex-funcionário do Diário da Manhã, informando que a matéria publicada certamente veio encomendada e não partiu da redação do jornal. “Eu já sai do jornal, mas sei como funciona. A matéria ridícula que saiu hoje, com certeza, não foi escrita por ninguém do jornal. Não está assinada, então veio pronta, provavelmente”, diz a mensagem.

A estranha matéria do DM saiu um dia após o próprio Governador Marconi Perillo ter dito que o governo entrará com representação criminal contra lideranças das ocupações, numa tentativa de criminalizar o movimento.

Ontem, no entanto, o juiz Eduardo Tavares dos Reis, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual da comarca de Goiânia, negou o pedido de liminar ajuizado pelo governo de Goiás que pretendia promover a reintegração de posse de escolas ocupadas na capital. Para o magistrado, o ato é um protesto dos estudantes e professores e não tem o objetivo de privar o Estado da propriedade.

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