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Política

Vira-casacas: Deputados mudam votos e aprovam financiamento empresarial de campanha

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Numa manobra do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), os deputados aprovaram ontem, 27/05, o financiamento empresarial de campanha para os partidos políticos. O presidente atropelou o regimento interno da casa e colocou em votação, pela segunda vez, o financiamento empresarial e dessa vez conseguiu a adesão dos deputados. Na primeira tentativa, que aconteceu na terça-feira, a proposta tinha sido recusada. Segundo deputados que votaram contra, a manobra de Cunha foi uma verdadeira aberração, já que se tratava de matéria vencida.

Entre os deputados que mudaram o voto, e compactuaram com a vergonhosa artimanha do presidente da câmara, estão os goianos Daniel Vilela, Delegado Waldir, Sandes Júnior, entre outros. Nem o escândalo da Operação Lava Jato, que escancarou a corrupção por trás da doação empresarial de campanha, foi capaz de sensibilizar os deputados goianos. Daniel Vilela (PMDB), que tem ensaiado críticas ao Governador de Goiás, disse que mudou o voto por determinação da bancada, mas que pessoalmente é contra a proposta. Não se compreende, entretanto, para que serve um deputado que não pode manter sua convicção acerca de determinados temas.

Sandes Júnior, denunciado pelo Procurador Geral da República por ter recebido dinheiro do petrolão, também votou a favor do financiamento empresarial de campanha. O Delegado Waldir, eleito com o discurso da moralização, é outro que não vê problemas em ser eleito recebendo dinheiro de empresas.

A decepção maior fica por conta de Daniel Vilela, um dos mais votados em Goiás e que despontava como promessa do PMDB na política brasileira. Sua estréia na câmara, no entanto, já tinha sido arranhada com a propositura e posterior retirada de projeto que visava desarmar policiais de folga. A falta de personalidade para sustentar seu voto demonstra que o futuro de Vilela é curto como um voo de galinha.

Para povo de Goiás ficou a sensação de que tudo vai continuar como antes. Mandamos ao congresso uma turma sem personalidade. A eleição de 2014 não mudou absolutamente nada no plano político e se tínhamos alguma esperança com a bancada federal, essa foi sepultada com a aprovação do continuísmo nefasto da famigerada doação empresarial de campanha.

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