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Política

Alguém precisaria levar a culpa: Ana Carla Abrão é eleita a vilã da
má gestão acumulada de Perillo.

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O Estado de Goiás atravessa, sem dúvidas, seu pior momento financeiro da história. Há um grande desequilíbrio nas contas públicas e o rombo, atestado pelo Tribunal de Contas do Estado, já chega a R$ 1,5 bilhão, o que representa praticamente um mês inteiro de arrecadação. É preocupante.

Tecnicamente, a secretária da Fazenda do Governo Perillo, Ana Carla Abrão, vem tomando medidas, que a seu ver, são essenciais para buscar o tão sonhado reequilíbrio nas contas públicas. Não se pode negar, entretanto, que são todas medidas absolutamente impopulares, o que, em tese, desagrada a maioria dos políticos, principalmente os da base situacionista.

“Não vou dourar a pílula. A capacidade de investimento do Estado está exaurida, mas os ajustes necessários já começaram a ser feitos”, diz a secretária. Isso desagrada a turma que sempre colheu dividendos políticos a partir de uma bem articulada campanha publicitária que nunca se importou com a real situação das finanças do Estado. O lema foi sempre propagandear um estado que só existia lá, na propaganda.

Nesse diapasão, Ana Carla tornou-se a inimiga número 1 dos aliados do Governo, que enxergam nas ações da doutora um obstáculo ao proselitismo político desenvolvido às custas de uma imagem irreal do Estado. Ao longo dos 15 anos de “Tempo Novo” essa política equivocada vinha sendo implementada. O resultado não poderia ser outro. O rombo nas contas públicas vem crescendo ano a ano. Só em 2014 o déficit na conta centralizadora cresceu R$ 633 milhões e atingiu R$ 1,492 bilhões. A dívida consolidada cresceu R$ 9,32 bilhões e chegou a R$ 17,3 bilhões. As mazelas eram jogadas para debaixo do tapete, e o tapete não suporta mais sujeira sob si.

Ana Carla desagrada a base porque age tecnicamente. O Governo de Perillo sempre viveu de empréstimos, já que a arrecadação sempre esteve comprometida com o custeio. Chamada a levantar o tapete e ver a dimensão da “sujeira” Ana Carla se espantou. As medidas adotas não agradam nem governistas e nem servidores. A antecipação de receitas, como IPVA e ICMS, tendem a ser outro problema a médio prazo, já que o governo não as terá no exercício seguinte.

A Secretária da Fazenda tenta e não se sabe se obterá êxito. Não obstante, deputados aliados querem sua saída. Politiqueiros, jogam sob os ombros da doutora o ônus de 15 anos de má gestão tucana em Goiás.

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