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Política

Corte de energia elétrica de espaços públicos sob responsabilidade do Estado mostra situação caótica das contas públicas goianas

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A concessionária distribuidora de energia elétrica em Goiás, Enel, interrompeu hoje, 30, o fornecimento de energia elétrica para três importantes praças de esportes estaduais, sediadas em Goiânia. O Estádio Olímpico, o Ginásio Rio Vermelho e o Autódromo Internacional de Goiânia ficaram no escuro porque o governo de Goiás não quitou as conta de luz, que estariam sob a responsabilidade da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas – Agetop.

A interrupção de energia, segundo a Enel, ocorreu devido ao não pagamento dos talões de energia. Com isso, os eventos programados para essas praças correm o risco de não acontecer.

A situação financeira do Estado de Goiás vem se deteriorando ano após ano. Em 2017, ainda sob o comando de Marconi Perillo, o resultado financeiro fechou negativo em R$ 2,07 bilhões e o Restos a Pagar inscritos para o ano seguinte superou os R$ 3 bilhões. O Governo de Goiás tentava um empréstimo junto à Caixa no valor de R$ 510 milhões, que não se viabilizou por falta de garantias do governo de Goiás.

No início do mês, surgiram rumores de que o governo de José Eliton (PSDB) teria usado R$ 70 milhões de verbas vinculadas da educação para o pagamento da folha de pagamento. Antes disso, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Saulo Marques Mesquita, relator da tomada de contas do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) referente ao 1º bimestre das contas do Governo de Goiás, fez um alerta preocupante diante da grave situação das contas públicas do Estado.

De acordo com Saulo Mesquita, entre outras graves irregularidades apontadas pela área técnica do Tribunal de Contas, o Estado de Goiás pode ter sérias dificuldades financeiras até o fim do ano e não conseguir pagar sequer a folha de pagamento dos servidores.

“Os problemas são graves. Se não houver limitação de empenhos, se não houver contingenciamento, o horizonte que se afigura não é favorável. A tendência é o fechamento das contas ao final do exercício com muita dificuldade, inclusive, me parece, para quitação da folha”, afirmou Mesquita.

 

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