Entre em contato

Direito e Justiça

Cresce pressão por saída de Bolsonaro. Para políticos da oposição e ex-aliados, permanência do presidente se inviabilizou depois das acusações de Sérgio Moro

De acordo com políticos e analistas, o discurso de Sérgio Moro horas antes da sua demissão foi, na verdade, uma delação, que apontou uma série de possíveis crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro, passíveis de abertura de processo de impeachment. Uma corrente, no entanto, entende que a renúncia pouparia o país de um desgaste desnecessário.

Publicado

on

Logo pós o anúncio da demissão do agora ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o juiz que se notabilizou pela condução dos processo da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba-PR, políticos da oposição, ex-aliados de Bolsonaro e analistas políticos foram às redes defender a renúncia do presidente, afirmando que Bolsonaro, depois das graves acusações de Sérgio Moro, não tem mais condições políticas e morais de continuar à frente do executivo federal. Moro falou à imprensa na manhã desta sexta-feira, 24/04.

Embora já tenha sido protocolado uma série de pedidos de impeachments junto à mesa diretora da Câmara do Deputados, o entendimento da maioria é que Bolsonaro deveria renunciar, poupando o Brasil de um longo e desgastante processo de impeachment, o que causaria ainda mais prejuízos à já combalida agenda econômica do país.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) escreveu na sua conta no Twitter que é hora de Jair Bolsonaro tem a grandeza de entender que o Brasil caminhará melhor sem ele e que a sua renúncia diminuiria a instabilidade no país. “É hora de falar: presidente está cavando sua fossa. Que renuncie antes de ser renunciado. Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment. Que assuma logo o vice para voltarmos ao foco: a saúde e o emprego. Menos instabilidade, mais ação pelo Brasil”, pediu.

Uma das principais aliadas de Bolsonaro durante a campanha e uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, a deputada por São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), também pelo Twitter, disse que o Brasil perdeu o rumo e que é preciso resgatar os compromissos de campanha e acredita que isso não será mais possível com Bolsonaro conduzindo o país.

“Votamos em dois grandes compromissos! Os compromissos com a luta contra a corrupção e com uma política econômica liberal. Se os Ministros Militares retirarem o apoio a Bolsonaro e Mourão garantir esses dois pilares, bem representados por Guedes e Moro, poderemos colocar o país no rumo rapidamente. Não há tempo para um processo de impeachment moroso e desgastante. Eu tenho experiência para falar. Bolsonaro precisa, ao menos uma vez, colocar o Brasil acima, retirando-se. Temos um vírus a combater, temos empregos a resgatar, precisamos de alguma estabilidade!”, escreveu.

 

Continue Reading

Copyright © 2020 - Nos Opinando - Liberdade de opinião em primeiro lugar.