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Política

Delação premiada dos donos da Odebrecht e OAS preocupa
tucanos em Goiás.

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A notícia de que os donos das construtoras Odebrecht e OAS, Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro, presos na operação Lava Jato desde junho de 2015, causou desconforto no ninho tucano em Goiás, relatou um colaborador do Blog com livre trânsito lá pelas bandas do Palácio. Léo Pinheiro já foi condenado a 16 anos de cadeia e Marcelo Odebrecht acaba de ser sentenciado pelo juiz Sérgio Moro a quase 20 anos de prisão. A intenção de ambos é firmar a chamada colaboração premiada, a fim de receberem os benefícios previstos em lei, como a redução da pena, por exemplo. A informação é do jornal O Globo.

Segundo a matéria publicada hoje, 08/03, “Marcelo e Léo Pinheiro querem se colocar à disposição dos procuradores para delatar o que sabem sobre a corrupção na Petrobras e em outras áreas da administração pública”. As duas empresas figuram entre as maiores financiadoras de campanhas eleitorais no Brasil. Por isso mesmo, a delação dos dois empresários poderia ser explosiva, diz o jornal.

O alvoroço no ninho tucano em Goiás se deve ao fato das duas empresas terem doado, juntas, mais de R$ 2 milhões à campanha de Marconi Perillo (PSDB) nas eleições de 2014, quando o tucano foi eleito em Goiás para o seu quarto mandato. O PSDB goiano teme que a delação de Odebrecht e Leó Pinheiro possa respingar em Perillo, já que há um clamor popular muito forte para que se estenda as investigações sobre essas doações de campanhas também para os estados. Embora declaradas legais, a Lava Jato suspeita que essas doações eram feitas com dinheiro desviado da Petrobrás, em tese legitimados por contratos fraudulentos e depois devolvidos em forma de doação legal de campanha.

Outra situação que preocupa o PSDB em Goiás, é o fato da Odebrecht manter negócios com o Governo de Goiás através de sua subsidiária Odebrecht Ambiental, que tem contrato com a Saneago para a captação e tratamento de esgoto nas cidades de Aparecida de Goiânia, Jataí, Rio Verde e Trindade. Antes da prisão de Odebrecht, o Governo de Goiás preparava para entregar à empresa mais 14 concessões dos serviços de captação e tratamento de esgoto de cidades do entorno de Brasília.

 

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