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Política

Diante da situação de calamidade financeira de Goiás, pergunta-se: quem de fato é o canalha?

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Em reação às declarações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, de que o Estado foi vítima de uma quadrilha de corruptos, o ex-governador Marconi Perilo (PSDB) enviou nota ao jornal O Popular em que chama Caiado de “canalha” e “impostor”. O tucano acusa o governador de propagar “ódio, mentira e calúnia”.

“O atual governo fez do ódio a pauta da ordem do dia. Subestima a inteligência do nosso povo. Destrói a nossa autoestima. Despreza as conquistas construídas com muito suor e trabalho. Até a fé do nosso povo em Deus é ultrajada. As celebrações religiosas, genuínas manifestações da tradição religiosa dos goianos, servem de palco para a encenação de mentiras e a propagação de trevas”, afirma o ex-governador.

Vista como uma estratégia para sua volta à cena política, a qual abandonou tão logo deixou a sede da Polícia Federal em Goiânia, em outubro do ano passado, quando foi preso na Operação Cash Delivery, as declarações de Marconi Perillo e as críticas pesadas a Ronaldo Caiado padecem de lastro na realidade dos fatos.

Depois de quatro mandatos à frente do governo de Goiás, Marconi Perillo e seu vice, José Eliton, deixaram  o Estado em situação de calamidade financeira. Auditoria do Tribunal de Contas de Goiás apontam que ao final de 2018 havia um rombo de R$ 6,7 bilhões nas contas públicas do Estado. De acordo com a área técnica do TCE, Marconi e Zé Eliton realizaram mais de R$ 2 bilhões em despesas sem prévio empenho, o que é vedado por lei, e sequer a folha de dezembro do funcionalismo foi empenhada, causando um grave prejuízo aos servidores goianos.

Em cerca de 18 ações cíveis de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público de Goiás, Marconi está sendo compelido a devolver quase R$ 7 bilhões aos cofres públicos, dada a má gestão nas contas públicas do Estado e ações administrativas temerárias praticadas pelo tucano. Os pedidos de bloqueios em suas contas ultrapassam R$ 6,7 bilhões. Entre as reparações pretendidas pelo MP-GO estão a não aplicação de quase R$ 600 milhões em ações e serviços públicos de saúde e mais R$ 2,2 bilhões que teriam deixados de ser aplicados na educação goiana.

Diante de tantas evidências de má gestão, incompetência e acusações de crimes de corrupção por parte do MPF e MP-GO e da situação de calamidade financeira em que foi deixado o Estado de Goiás, a pergunta que fica é: quem de fato é o canalha?

 

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