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Política

Em carta aos jornalistas, Iris Rezende lembra que não existe democracia sem imprensa livre. “Jornalismo e democracia são inseparáveis”, afirma

Segundo o decano emebedebista, que anunciou o encerramento da sua carreira política depois de 62 anos de vida pública, a imprensa e todos os seus profissionais também foram responsáveis pelo sucesso de sua trajetória de realizações em prol do Brasil, de Goiás e de Goiânia

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A 13 dias do término do seu quarto mandato como prefeito de Goiânia e de encerrar sua carreira política, como prometido em pronunciamento feito no último dai 25 de agosto, Iris Rezende divulga carta de agradecimento aos jornalistas e à imprensa dizendo que não teria sido possível o sucesso de sua trajetória política sem o trabalho livre dos profissionais de comunicação e seus veículos.

“Eu tenho absoluta clareza, nesse sentido, de que não teria sido possível minha trajetória de realizações em prol do Brasil, de Goiás e de Goiânia, sem a colaboração de vocês e daqueles que os antecederam. Ao fazerem seu trabalho de acompanhamento e cobrança, foram vocês que me obrigaram a não me contentar com pouco, a aperfeiçoar minhas ideias e a buscar extrair sempre o máximo da política em benefício da população”, confessou.

Para o decano emedebista, que completou em outubro próximo passado 62 anos de vida pública, iniciada em 1958 quando foi eleito vereador por Goiânia, o papel do jornalismo na democracia não é secundário e, segundo ele, não há democracia sem jornalismo.

“Informar a população, expor os mecanismos da política e da gestão pública e cobrar resultados são a própria essência da democracia. Sem uma imprensa livre, a democracia não se completa, nem é possível. Jornalismo e democracia são inseparáveis”, afirmou.

Leia a íntegra da carta de Iris Rezende aos jornalistas

Cara(o) jornalista,
Minha vida e minha trajetória política existem e ganham sentido no marco da democracia. Desde meus tempos de política estudantil, foi no debate aberto de ideias, sob o signo da liberdade de expressão, que me forjei. Foi submetendo meus desígnios ao escrutínio do voto e da fiscalização pelo povo que cheguei a todos os cargos públicos que ocupei em meus quase 70 anos de vida pública. Por entender que não há sentido possível fora da democracia, lutei contra os anos de chumbo da Ditadura Militar, pela Diretas Já e pela redemocratização de nosso País.
A democracia, além de servir para evitar os efeitos nefastos do autoritarismo sobre as pessoas e a sociedade, é também um sistema que obriga políticos e gestores a aperfeiçoarem suas ideias e propostas ao máximo, para que elas efetivamente cumpram o propósito de nos fazer avançar enquanto sociedade. Ela obriga também a que essas ideias sejam colocadas em prática à luz do dia, sob o olhar atento dessa mesma sociedade e respeitando os princípios da república.
O papel do jornalismo na democracia não é secundário. Não há democracia sem jornalismo. Informar a população, expor os mecanismos da política e da gestão pública e cobrar resultados são a própria essência desse sistema de governo, sem o qual ele não se completa, nem é possível. Jornalismo e democracia são inseparáveis.
Eu tenho absoluta clareza, nesse sentido, de que não teria sido possível minha trajetória de realizações em prol do Brasil, de Goiás e de Goiânia, sem a colaboração de vocês e daqueles que os antecederam. Ao fazerem seu trabalho de acompanhamento e cobrança, foram vocês que me obrigaram a não me contentar com pouco, a aperfeiçoar minhas ideias e a buscar extrair sempre o máximo da política em benefício da população.
Por isso, ao encerrar minha carreira política, deixo aqui meu sincero agradecimento pela companhia e por seu papel na construção de uma sociedade cada vez mais democrática e justa.
Um abraço fraterno e que Deus nos abençoe sempre.
Iris Rezende Machado

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