A eleição para prefeito de Goiânia vive um momento atípico. Desde o último dia 20 de outubro, quando o candidato do MDB, Maguito Vilela, informou ter testado positivo para Covid-19, as campanhas eleitorais para a sucessão de Iris Rezende tomaram novos rumos. Com o agravamento do quadro de saúde de Maguito, um dos mais bem colocados nas pesquisas de intenções de voto, os demais candidatos têm evitado críticas ao adversário.
Hoje, com Maguito internado numa UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde permanece sedado e intubado tratando da doença desde a última sexta-feira, 30/10, já é possível afirmar que o candidato não volta para a campanha presencial antes da realização do 1º turno, em 15 de novembro. Sua presença na campanha para o 2º turno também já não é dada como certa. De acordo com a Resolução do TSE 23.609, o prazo para substituição de candidatos terminou no último dia 26 de outubro.
Embora a equipe médica do emedebista avalie como boa a recuperação de Maguito Vilela, anotando que há uma diminuição do quadro infeccioso dos pulmões, o tempo de recuperação de pacientes que precisaram enfrentar a doença em leitos de UTI podem se estender até por anos, informa David Hepburn, consultor de terapia intensiva do Royal Gwent Hospital, no Reino Unido, em entrevista à BBC World Service
Em casos de pacientes que precisaram ser intubados, foram identificados problemas com a fala e a deglutição, o que aumenta consideravelmente o período de recuperação dessas pessoas. O tempo na UTI real pode ser apenas a ponta do iceberg de todas as questões de saúde que precisarão ser cuidadas a longo prazo, diz o especialista.