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Hugol não muda a realidade de quem busca atendimento médico em Goiânia.

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O Hospital de Urgências da Região Noroeste, concebido na campanha eleitoral que reelegeu Marconi Perillo para o seu segundo mandato e inaugurado 13 anos depois com o nome de Hugol, nasce, segundo as autoridades, para desafogar o serviço médico de urgência e emergência em Goiás, principalmente em Goiânia. Na prática, o Hugol vai dividir os pacientes com o Hugo 1.

Aberto para atendimento médico de alta complexidade, o Hugol é uma unidade de assistência médica regulada, o que implica dizer que o atendimento não se dá como, por exemplo, num posto de saúde. O Hugol não é um hospital de demanda livre, ou seja, os casos mais simples serão contrarreferenciados para as Upas e Cais. O sistema continuará o mesmo: sobrecarga de atendimento nos postos municipais de saúde e só depois, constatada a necessidade, e havendo vagas, o paciente será encaminhado para o novo hospital, sempre via Samu, Siate ou Central de Regulação.

Na primeira semana de funcionamento do hospital, no entanto, vários moradores da região noroeste de Goiânia que precisaram de atendimento médico dirigiram-se à unidade, esperando receber socorro médico. Deram com a cara na porta. Como na maioria dos casos não se tratava de doenças graves o atendimento foi negado e os cidadãos orientados a procurarem um posto de saúde.

Segundo o diretor do Hugol, Hélio Ponciano, muitas pessoas ficam na porta do hospital esperando atendimento: “tivemos grávidas, crianças com diarreia e com febre esperando para serem atendidos, mas esse não é nosso perfil”, disse para justificar a negativa do atendimento.

“Não sabia disso. Isso o governo não falou na propaganda”, disse uma paciente que não pode ser atendida no novo hospital. Na realidade, pouco ou nada muda na vida dos moradores da região noroeste de Goiânia que esperavam ser atendidos na nova unidade. Para os doentes que não estejam morrendo, a vida já lhes ensinou que a fila dos cais é a saída.

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