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Política

Insatisfação de vereadores da base e crise com servidores do fisco municipal marcam início da gestão de Maguito Vilela em Goiânia

Pelos menos dois vereadores do MDB mostraram-se insatisfeitos com a nomeação de Alessandro Melo para a Secretaria de Finanças e entidades representativas dos procuradores e auditores fiscais do município prometem ir à justiça contra reforma administrativa sancionada pelo prefeito em exercício, Rogério Cruz

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Há quatro dias do início da nova gestão em Goiânia, o prefeito em exercício, Rogério Cruz, do Republicanos, já enfrenta as primeiras crises à frente da administração da Prefeitura de Goiânia. Assim que foram anunciados os novos auxiliares da gestão Maguito Vilela, vereadores do MDB, base do prefeito licenciado, mostraram-se indignados com a recondução de Alessandro Melo à Secretaria de Finanças do município, de onde tinha saído em julho de 2020 depois de divergências com o então prefeito Iris Rezende.

Ontem, segunda-feira, 4, em entrevista à Rádio Sagres, Kleybe Morais (MDB) fez duras críticas e acusações sérias a Alessandro Melo e disse que não vai fazer parte da base do prefeito em exercício. “Já estávamos tendo alguns desgastes dentro dessa equipe de transição dentro da cúpula da igreja Universal. Então eu serei oposição A cúpula da Igreja Universal que comandará a prefeitura de Goiânia até o retorno do prefeito Maguito Vilela”, frisou.

Dentro do próprio Paço, Rogério Cruz enfrenta uma outra crise. Notícia publicada hoje, 5, pela coluna Giro, do Jornal O Popular, informa que entidades de auditores e procuradores de Goiânia devem ir à Justiça para revogar alterações na estrutura do Paço feitas pela reforma administrativa sancionada pelo próprio Rogério Cruz ainda no sábado, 2 de janeiro.

A reforma, segundo essas entidades, revogou série de dispositivos de leis que estipulavam atribuições e funções privativas das duas carreiras, tais como a ocupação de superintendências da área tributária e a presidência do Conselho Tributário Fiscal (CTF), no caso de auditores (a estrutura do CTF também foi revogada); e a exclusividade de ocupar o cargo de procurador-geral adjunto e o controle exclusivo de ações de representação judicial do município, no caso de procuradores.

“Estamos nos preparando para reverter isso. Vão colocar alguém que não é da carreira para julgar casos tributários?”, diz Elisio Gonzaga, da Associação dos Auditores de Tributos. “Retiraram a competência da própria Procuradoria-Geral do Município (a lei revogou a estrutura administrativa da PGM). Alegam que vão regulamentar por decreto, mas não entendemos isso. É ingerência política. Não fomos consultados em nenhum momento”, relata Natasha Palma, da Associação dos Procuradores.

O prefeito Maguito Vilela continua internado em uma UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera das complicações da Covid-19. O emedebista testou positivo para a doença no dia 19 de outubro e no dia 27 daquele mês foi transferido para a capital paulista para tratamento.

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