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Política

Joaquim Mesquita inverte a lógica e diz que novo concurso é mais
importante que repor efetivo imediatamente.

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Em entrevista ao Jornal O Hoje, o Secretário de Segurança Pública de Goiás, Joaquim Mesquita, que é delegado federal, expõe uma das causas da violência absurda que elevou Goiás ao 4º estado mais violento do Brasil e Goiânia à condição de 23ª cidade mais violenta do mundo:  a sua própria incompetência, aliada a uma grande dificuldade de reconhecer os problemas de gestão da segurança pública em Goiás.

Insistindo na tese de concurso público para preenchimento de vagas na Polícia Militar de Goiás, cujo déficit de pessoal hoje é de aproximadamente 5 mil policiais, Joaquim Mesquita diz lamentar que o “STF tenha retirado o direito do estado a possibilidade de legislar sobre requisito e forma de ingresso em sua polícia”. Partindo de um Secretário de Segurança e Delegado da Polícia Federal, é de se espantar tamanha ignorância. O Supremo é apenas o guardião da Constituição Federal. A competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares é imposição constitucional e está assente no Inciso XXI do Art. 22 da Constituição Federal de 1988.

Quanto a recente decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, que mandou o Governo de Goiás convocar imediatamente os aprovados no concurso público da PM/GO de 2012, Joaquim Mesquita depôs contra a lógica e disse que vê interesses individuais sobrepondo-se aos interesses coletivos. A razão, nesse caso, pediu socorro. Com todo esse déficit de policiais nas ruas, agravado pela exoneração de mais de 2.400 temporários, Joaquim Mesquita quer nos fazer crer que a convocação desses aprovados, que aguardam convocação, atenderia interesses individuais em detrimento do coletivo. Pois é justamente o contrário. O não chamamento dessa turma é que caracteriza o atendimento de interesses individuais mesquinhos do governo de Goiás, que mandado pelo judiciário, insiste em penalizar toda a sociedade goiana com a recusa de convocá-los imediatamente. “Entendo que o interesse público maior está na realização de um novo concurso”, disse Mesquita, avaliando que a segurança pública que o cidadão clama diuturnamente é menor do que a intransigência do Governo de Marconi Perillo.

A atitude do senhor secretário de segurança pública de Goiás explica porque Goiás enfrenta uma epidemia de homicídios, roubos e furtos e se coloca entre os piores índices do Brasil. A incompetência do Governo, que culmina com falta de prioridade dos gestores da segurança em Goiás, os quais preferem instituir um novo certame face a 1.421 aprovados prontos para ingressarem na academia da polícia militar de Goiás, é a mola propulsora, infelizmente, da violência que ja matou mais de 25 mil goianos desde 1999, quando Marconi Perillo assumiu seu primeiro mandato.



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