Enquanto o Governo de Marconi Perillo (PSDB) usa e abusa das campanhas midiáticas para desviar o foco da grave crise financeira que assola Goiás, a realidade vai contando a história.
Com pesados investimentos na mídia goiana, o Governo de Goiás tenta afastar Perillo da crise que pode levar o Estado à insolvência. Com um rombo de R$ 1,5 bilhão na conta centralizadora e déficit mensal em torno de R$ 450 milhões, a Secretaria da Fazenda aposta suas últimas fichas na privatização da Celg. Se ela não acontecer a bancarrota é inevitável.
A doutora Ana Carla já tentou de tudo: antecipação de ICMS, venda de ativos, parcelamento de salários, retirada de direitos dos servidores, instalação de ponto eletrônico, limitação de faltas abonadas e calote na data-base. Nada tem surtido efeito. No desespero, o Governo cancelou todos os empenhos já emitidos. É mais uma tentativa de chegar ao final do exercício em condições de fechar as contas e não ferir a LRF. O tiro, entretanto, saiu pela culatra. Com os empenhos cancelados, o que implica dizer que cancelou-se, também, a expectativa de pagamento aos fornecedores, várias obras serão paralisadas.
“O decreto do governador Marconi para suspender quase todos os empenhos do Estado paralisou boa parte das obras do Estado. E as empresas não são obrigadas a colocar vigias em obra parada”, escreveu o jornalista Jarbas Rodrigues na coluna Giro do jornal O Popular de hoje, 30/09.
Enquanto o governo aposta nos sofismas e factoides para tirar Perillo do imbróglio, o Estado caminha a passos largos para a insolvência geral.