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Política

Núcleo duro do governo Caiado, Cristiane Schmidt diz não ter problema em ser impopular

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A secretária de Fazenda do Estado de Goiás, Cristiane Schmidt, em entrevista ao Jornal Valor Econômico, disse que em três ou quatro meses o Estado deve fazer um diagnóstico de medidas estruturais para conter o avanço da folha de ativos e inativos. “O ajuste não é popular, mas eu não tenho problema em ser impopular”, afirmou.

A economista, que tem sido chamada de inimiga do funcionalismo, tem declarado estar disposta a enfrentar os problemas herdados da gestão passada e diz que o remédio é amargo, mas precisa ser ministrado, sob pena do Estado mergulhar numa crise sem precedentes.

Cristiane disse ao Valor que a gestão de Ronaldo Caiado (DEM) herdou R$ 1,09 bilhão em despesas não empenhadas e não pagas. Ou seja, foram gastos que não chegaram a ser lançados no orçamento. Fora isso, diz Cristiane, há um passivo de R$ 1,85 bilhão em restos a pagar, relacionados a despesas previstas em orçamento, mas não saldadas. Adicionalmente, há projeção de déficit de R$ 3,24 bilhões resultante do fluxo de receitas e despesas de 2019. O rombo total é de R$ 6,2 bilhões. Parte do passivo herdado inclui pagamentos em atraso a servidores e fornecedores.

Hoje, 21, o governador Ronaldo Caiado anunciou o início do pagamento antecipado da folha de janeiro de 2019. Até o dia 31 próximo todos os servidores terão recebido os salários referentes ao primeiro mês da atual gestão. Quanto aos salários de dezembro do ano passado, não empenhados pelo ex-governador José Eliton, a secretária apresentou como solução o pagamento escalonado, iniciando em março para quem recebe até R$ 3,5 mil e findando em agosto, para os salários acima de R$ 17,4 mil.

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