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Política

PGR finaliza pedido de inquérito contra governadores. Não está descartada prisões e pedidos de afastamento

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A procuradoria Geral da República, via do sub-procurador geral, Bonifácio Andrada, está finalizando os pedidos de abertura de inquérito contra governadores delatados por ex-diretores da empreiteira Odebrecht, os quais serão enviados ao Superior Tribunal de Justiça nos próximos dias. Nove governadores serão alvos de investigações, entre eles o de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), acusado de ter recebido R$ 10 milhões da empresa. O STJ deve investigar, também, se houve mais algum pagamento para o governador goiano, já que os delatores disseram em depoimento que Marconi Perillo teria pedido uma “contribuição” de R$ 50 milhões a Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira.

Ainda de acordo com os delatores, os pagamentos feitos a Marconi Perillo (R$ 2 milhões em 2010 e R$ 8 milhões em 2014) teriam como contrapartida a subdelegação dos serviços de coleta e tratamento de esgoto no estado. De fato, em 2013, a Odebrecht Ambiental assinou contrato com a Saneago para executar os serviços nos municípios de Aparecida de Goiânia, Trindade, Rio Verde e Jataí.

Segundo integrantes do STJ e da PGR, esses pedidos de investigações contra governadores já virão acompanhados de solicitação de diligências, quebras de sigilo e oitivas dos investigados e testemunhas. Magistrados do STJ relataram ao jornal Folha de São Paulo que podem ocorrer, ao longo da investigação, até mesmo pedidos de prisão temporária ou de suspensão de mandatos envolvendo os governadores.

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