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Política

Reações à homenagem prestada à Dona Iris escancaram o preconceito contra as mulheres

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Infelizmente muito ainda há o que se avançar na busca da isonomia entre homens e mulheres no Brasil. Num país eminentemente machista, o preconceito contra a mulher é, lamentavelmente, uma indigesta constatação diária. No Dia Internacional da Mulher, um dia dedicado para lembrar a luta feminina contra a discriminação, isso foi claramente verificado nas mensagens equivocadas, nas brincadeiras carregadas de ódio e no preconceito travestido de politicamente correto que inundaram as redes sociais.

Em Goiás, Dona Iris, uma das mulheres mais atuantes da política, duas vezes deputada federal, suplente de senador e hoje primeira-dama de Goiânia,  sentiu na pele o preconceito contra a participação da mulher num cenário pensado e historicamente concebido para homens. Ao receber a justa homenagem da Prefeitura de Goiânia pelo Dia Internacional da Mulher, que também a fez a outras mulheres da administração pública municipal, a primeira-dama foi injustamente agredida e acusada de usar a máquina pública dirigida pelo marido para se promover.

Os críticos da primeira-dama, constituídos majoritariamente de homens, dizem que Dona Iris, que tem contribuído sobremaneira com a administração municipal, sobretudo na área social, estaria fazendo campanha extemporânea para deputada federal em 2018. No entanto,  (e aí fica caracterizado o preconceito contra a mulher) nenhum desses que a criticam foi capaz de, em 3 anos, fazer a mesma acusação ao vice-governador de Goiás, José Eliton, que desde 2014 vem se comportando abertamente como pré-candidato ao governo de Goiás.

Sem entrar no mérito se o vice-governador faz ou não campanha extemporânea, o fato é que há apenas dois meses da gestão Iris Rezende a oposição machista já julgou e condenou Dona Iris por uma suposta promoção pessoal, menosprezando o seu passado e tentando impor-lhe, de forma claramente preconceituosa, o afastamento da vida política local e nacional que ela, com sua destemida luta, ajudou a consolidar quando o País vivia sob o jugo de um estado de exceção e clamava pela abertura política e a volta da democracia. A politização de uma justa homenagem a uma mulher de destaque demonstra a má fé e o preconceito contra a atuação política das mulheres no Brasil.

 

 

 

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