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Política

Ronaldo Caiado assume o Governo de Goiás e reafirma que rombo ultrapassa R$ 3,4 bilhões

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O Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi formalmente empossado no cargo no final da manhã desta terça-feira, 1º de janeiro, depois da sessão solene que aconteceu na Assembleia Legislativa de Goiás. Ele recebeu a faixa de Governador das mãos do agora ex-governador José Eliton (PSDB).

Em discurso contundente, Caiado voltou a afirmar que vai receber Goiás com um rombo de aproximadamente R$ 3,4 bilhões no caixa. Segundo ele, o valor que tem disponível na conta única do Estado é de pouco mais de R$ 11 milhões, o que representa cerca de 0,3% das obrigações imediatas, como salários dos servidores, por exemplo.

Ontem, 31, em entrevista ao jornal O Popular, Ronaldo Caiado falou em risco de colapso nos serviços públicos, uma vez que a dívida com organizações sociais da saúde superam R$ 280 milhões e que ainda não é possível saber exatamente quanto se deve para fornecedores, já que cerca de R$ 840 milhões de empenhos teriam sido cancelados de outubro até dezembro.

“O rombo vai fechar com R$ 3,4 bilhões de déficit orçamentário e o que mais pode surgir. Recebi, por exemplo, o demonstrativo de que o governo não quitou R$ 141,1 milhões com o governo federal (referente a dívidas do Estado com a União, em relação, por exemplo, a Celg Par e Celg D e ao Pasep). Só isso já bloqueia 100% do repasse do FPE (Fundo de Participação dos Estados) porque a União é avalista. Então, a cada minuto, tem uma surpresinha”, disse o novo governador.

Caiado também questionou o por que da leniência dos órgãos de controle externo, a exemplo do Tribunal de Contas do Estado, que não detectou tantas irregularidades na condução das contas públicas de Goiás, já que esses rombos vêm se acumulando há vários anos.

“Há um acúmulo e me pergunto por que os órgãos de controle do Estado não agiram para que não se chegasse a esse colapso. Porque isso não foi construído do dia para a noite. A Controladoria (Geral do Estado, CGE) diz que não tinha acesso. Será que era repassado ao Ministério Público? Será que o Tribunal de Contas do Estado não tinha noção disso?”, questiona.

 

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