A invasão de pequenas cidades do interior goiano por bandidos fortemente armados tem sido uma constante nos últimos seis meses. Em outubro próximo passado a cidade de Abadia de Goiás, na região metropolitana de Goiânia, foi invadida por um quadrilha que metralhou o posto policial da cidade e explodiu o caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil. Em dezembro último foi a vez da cidade de Petrolina, a 64 km da Capital, sofrer o ataque de quadrilha especializada no roubo a caixa eletrônicos. Armados de fuzis 556 e 762, atiraram em um Policial Militar, dominaram e amarraram outro e ainda ameaçaram explodir o destacamento da PM no município.
Ainda em dezembro de 2015, moradores da cidade de Nazário, a 75 km de Goiânia, viveram momentos de terror durante a ação de um grupo de bandidos fortemente armados, formado por no mínimo 6 pessoas, segundo testemunhas, dominaram os militares em serviço na cidade e os fizeram reféns enquanto praticavam o crime. O destacamento da Polícia Militar ficou cravado de balas.
Ontem, por volta das 22 horas, foi a vez de São Miguel do Araguaia, cidade do noroeste goiano, a 474 km da Capital, sofrer o ataque dos bandidos. Segundo testemunhas, o grupo fortemente armado chegou na cidade e usou grande quantidade de explosivos nas agências do Banco do Brasil e Bradesco, fez 15 reféns e trocou tiros com a Polícia Militar antes de fugir em direção ao Mato Grosso. Dessa vez, entretanto, a coisa foi mais grave: Vivianny Costa, de 27 anos, assessora do Ministério Público local, foi morta com um tiro no pescoço quando foi parada pelos bandidos.
Além das cidades citadas, Sanclerlândia, Nova Crixás e Córrego do Ouro também foram vítimas da bandidagem. O que choca, além da violência empregada pelos bandidos, é a inação do Governo de Goiás. Desde o início dessas ações, que se repetem há mais de 6 meses em Goiás, não houve um efetivo trabalho de prevenção por parte das autoridades de segurança pública. A coisa continua acontecendo como se aleatória fosse. Os bandidos entenderam que, devido ao baixo efetivo de policiais nas cidades interioranas, algumas com apenas dois policiais por turno, fica muito fácil a invasão.
Por enquanto, nem o Secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, nem o Governador Marconi Perillo se pronunciaram sobre o episódio ocorrido em São Miguel do Araguaia.
